segunda-feira, 26 de março de 2012

O Reencontro

O encontro depois de dias separados pelas incubadoras...





Vanessa Tanaka





P.s Já estamos todos em casa.Mas isso é assunto para outro post.



sexta-feira, 23 de março de 2012

Últimos dias de UTI.




Há bons dias que eu tento escrever algumas palavrinhas. Mas ser mãe e vaca leiteira tem me deixado totalmente sem tempo. Desde o último post as coisas mudaram um tantinho muito bom.

Vamos começar adiantando as notícias, para quem não me “segue” no facebook. Os meninos já saíram da UTI. Mas ainda estão internados.

Na quarta-feira, dia 14, cheguei à UTI pela manhã e o tal aguardado dia chegou. Fui informada que um dos meninos já estava em condições de sair. Não aguentei de ansiedade e corri para casa pra reorganizar a mala. No caminho liguei pro Leandro, para minha mãe e mandei mensagens pras rimãs.  Agora sim, começaria a ser mãe em tempo integral. 

Às 14h30 estava saindo de casa, com a minha mãe e o Leandro. Um misto de ansiedade e alegria. Demorou um tempinho, o que pareceu mais uma eternidade, até que estivéssemos devidamente instalados em um quarto. O Leandro foi para a UTI para descer com o Kenzo, enquanto eu subi, desci e subi novamente pra UTI, pois não aguentei esperar no quarto. E finalmente descemos, com o coração divido, mas descemos. 

A enfermeira que nos acompanhava saiu do quarto e eu pirei. E agora?! O que eu faço com ele? Durou pouco a aflição. O instinto fala mais alto, né? Acredito que eu já estou pegando o jeito da coisa. Pelo menos o essencial.  
Kenzo
 
O primeiro contato pós-UTI com o Kenzo foi o mais delicioso e o mais família possível. Com direito a sessão de fotos e briga pra ver quem segura. Porque família é família, né?! Pense em titias babonas... A vó fica louca achando que elas não conseguem segurar o mini bebê no colo.  Finalmente o Matheus conheceu um dos babys. Como na UTi não pode entrar criança, ele ainda não os conhecia. Ficou transbordando de felicidade. Não parava de repetir o quão feliz ele estava. ‘Pegou’ no colo, tateou o pequenino todo. 
Ainda tivemos, no final da semana, a presença do meu pai, que conseguiu um tempinho para vim conhecer os netos. Ficou todo bobo!!
 
A minha mãe, vó de primeira viagem, não consegue parar de babar o neto. Não pode ver a criatura dormindo que insiste que tá na hora de mamar. Terminou de mamar e ela corre pra colocar pra arrotar. Durante a madrugada ela acorda, troca a fralda e só então me acorda pra dá de mamar. E fica vigiando pra que eu não durma e pra correr pra colocar pra arrotar novamente. Posso querer ela aqui em casa pelo menos nos próximos dois anos?! // 


Kenzo e a vovó


Durante o dia, o Kenzo mama de 2 em 2 horas. E muitas vezes os horários dos dois coincidiam, tinha que correr da UTI pro quarto porque a gritaria era grande.  O Riki mamava nos horários de visita à UTI e no restante dos horários tomava na sonda ou no copinho. Ou seja, mesmo estando dentro do hospital a correria era grande e o cansaço maior ainda. É uma aflição do tamanho do mundo ver essas criaturas tão pequeninas dentro daquela incubadora, com uma sonda passando pelo nariz ou pela boca, literalmente multi-invadidos, termo que eu aprendi aqui mesmo no hospital. O frequencímetro apitando a cada pequeno movimento é de deixar qualquer um doido, no começo a gente se assusta a todo o momento. Mas nos últimos dias tinha vontade de sair correndo de tanto que me irritava aquela barulheira. Vontade de pegar os dois e ir embora. Cheguei ao ponto de abaixar a cabeça e chorar ali dentro mesmo, com aquele barulho invadindo meus ouvidos e minha alma.

Na terça, 21, minha impaciência era notável na UTI.  Ali se encerrava o prazo que eu criei na minha cabeça para a saída do Riki, e comecei a ficar realmente chateada. Foi um dia muito difícil. Após uma noite muito mal dormida, com o Kenzo querendo mamar mais do que devia, acordei às 8h da manhã com um telefonema da UTI, pedindo para eu subir com o bercinho e a roupinha dele. Fala sério! Deus é bom demais!! Mesmo após a minha tristeza do dia anterior, mesmo após eu reclamar quando na verdade só tinha a agradecer, ele me concede essa benção. Toca aqui Deus! o//

Riki sem sonda o///


Kenzo e Riki

Mandei mensagem para o papai, levei o bercinho e a roupa e voltei para o quarto para esperá-lo. Enquanto isso, mãe e eu ficamos escolhendo a roupinha do Kenzo para o grande encontro com o irmão. O Riki chegou e aí sim eu estava completa. Enfim, os dias de UTI chegaram ao fim. São engraçados os sentimentos confusos que podemos desenvolver quando estamos passando por algumas situações. A medida que os dias passavam na UTI e "os bebes a termo" (não-prematuros) chegavam e iam embora antes da gente, eu ficava muito feliz por eles. Mas ao mesmo tempo sentia uma dorzinha e incômodo por dentro, imaginando que ainda não era nossa vez de curtir os momentos pelos quais nós tanto aguardávamos. Sentimentos contraditórios, mas o que fazer se é o que se sente? Arrisco a dizer que o clima ficava diferente quando um bebê descia pro quarto.  Mesmo sendo “pouco” tempo comparando com outras internações, a sensação é que ficamos por meses ali. O tempo se arrasta. Graças a Deus, nossos meninos nasceram bem, basicamente, fora a maturação dos pulmões e o baixo peso, eles estavam bem. Não nasceram com nenhuma doença, nem tiveram que passar por nenhum procedimento muito doloroso, ou arriscado. Então só tenho a agradecer a Deus. Principalmente, por colocar naquele ambiente verdadeiros anjos, que além de muito profissionalismo, demonstram muito amor pelos pequeninos que ali se encontram.

Então, a quem precise, força! Seu bebê está nas mãos de um anjo enviado por Deus. Tente relaxar e terminar de resolver o que não foi resolvido. Ou se preparar ainda mais para as mudanças que estão por vir. Seu neném está bem, mas você também precisa estar bem e confiante!




O Dichan e a Bachan, os avós por parte de pai, chegaram terça para conhecer os nenéns. Estão babando também, né?!

Falaram que seria cansativo, mas mamar de 3 em 3 horas incluía as madrugadas? Isso porque ainda era só um. Agora acabaram-se as noites BEM dormidas. Ou as más, na internet ou assistindo televisão. Mas eu não me importo. Só de olhar pras carinhas deles, eu sinto que aguento 10 vezes mais. Porque dormir é para os fracos, né, não?! 

Ainda não sabemos quando iremos para casa, mas será dentro de poucos dias. Sei que está bem perto, mas estamos tranquilo e sem pressa, pois sabemos que aqui eles estão bem cuidados.  



Vanessa Tanaka

sábado, 10 de março de 2012

Para babar...e mais notícias.



Riki e Kenzo agora na versão limpa, cheirosa e com certidão de nascimento! As fotos foram tiradas ontem na UTI, e dá pra perceber que já estão bem mais gordinhos fortes e com carinha de bebê, não mais de prematuros.
Os meninos não são gêmeos idênticos. Mas eu acho a cara um do outro, não?! Antes de fazer a montagem, fiquei 'mini' abalada por não conseguir distingui-los, mas que raio de mãe eu sou, que não consegue nem distinguir os filhos que não são idênticos? hahaha 
O Kenzo é mais clarinho e mais calminho. O Riki puxou a mamãe e o papai, bem nervosinho. 

Hoje chegamos pela manhã e a pediatra nos avisou que eles iriam começar com o peito, numa tentativa de estimular o mamar. O Riki parou com o soro e agora está só no leite e o Kenzo nos próximos dias também irá parar. Provavelmente, o Kenzo estará descendo pro quarto entre terça e sexta-feira, dependendo da amamentação. E o Riki vai logo na cola. A mamãe precisa rearrumar a mala, porque antes só tinha camisola. Estamos ansiosos!! 

O papai desenrolou as certidões dos babys essa semana, para agilizar as coisas burocráticas da vida, né? E agora nossos babys são cidadãos!! Pensa numa coisa linda o nome dos meus pais no campo de AVÓS. 'Trem' lindo demais!!



Vanessa Tanaka



P.S: Na UTI não é permitido tirar fotos. E o serviço de fotos do Santa Luzia é  a única forma de fazê-lo.  A foto não está das mais bonitas. Mas enfim, eles são lindos do mesmo jeito.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Evolução na UTI e a felicidade que predomina.








Domingo e segunda chegaram duas novas crianças na UTI. Fiquei pensando que há quase uma semana éramos nós nessa mesma situação: indo pela primeira vez visitar nossos filhos na UTI.  Os nossos corações estavam do tamanho de um grão de mostarda. O dia a dia na UTI é cansativo e passa bem devagar. Porém, a cada dia que passa a tristeza de vê-los naquela incubadora vem se tornando em alegria de ver a evolução. A noite bate uma saudade e uma vontadinha de chorar, mas sempre que saio de lá saio feliz!!!

Com a dilatação, a certeza de que eles viriam prematuros fez com que eu me preparasse psicologicamente.  Então, quando senti a bolsa romper já sabia que iria para o quarto e meus bebes para a UTI. Logo, não quis ficar pirando e correndo o risco de entrar numa depressão pós-parto ou coisa parecida, enquanto eles estariam precisando de mim. Tento ser positiva e alto astral a todo instante. Fora a minha crise de choro no hospital, passei por alguns momentos de baque também em casa. O choro vem na garganta e as lágrimas rolam sem que eu consiga segurar. Mas agora me sinto cada dia mais feliz por ver a melhora das crianças. O Riki passou de 5 ml do sábado para 16 ml na quarta, sem nada de resíduo. O Kenzo, que estava com a dieta suspensa desde sábado, voltou para o leitinho, e já estava com 8 ml na quarta.  E sem resíduo. Resíduo é o que o estômago não consegue digerir e acaba voltando. O leite é dado a cada 3h. Graças a Deus, os exames de sangue também não detectaram nada de infecção.


Nem tenho palavras para agradecer o carinho e a dedicação.

Na segunda, cheguei para visitá-los pela manhã e uma grande surpresa esperava por mim. O Riki, que estava respirando com ajuda do capacete de oxigênio, agora respira sem qualquer ajuda. E o Kenzo, que estava tendo mais dificuldade para respirar ,saiu do CPAP para o capacete. O CPAP leva o oxigênio diretamente para o narizinho do bebê, enquanto o capacete  é uma espécie de redoma que fica em torna da cabeça da criança e faz com que o ar fique com 40% a mais de oxigênio. Pelo menos foi isso que me passaram (rsrsrs). Não consegui me conter e mandei uma mensagem pro Leandro, não podia aguardar pra contar as novidade.  Quando voltamos à tarde, o Kenzo também estava respirando sem qualquer ajuda.  Ninguém nos falou que eles estavam prestes a respirar sozinhos, e essa foi a notícia maravilhosa do dia. Quando eu achei que não podia melhorar, a enfermeira me perguntou se eu já havia pegado-os no colo. E me informou que se eles saíssem  na terça da fototerapia eu poderia pegá-los. A fototerapia é o tratamento utilizado para diminuir o nível de bilirrubina no organismo,  que causa a icterícia, dando uma coloração amarela na pele. 



E assim ocorreu, não pela manhã, mas na visita da tarde, logo quando chegamos já nos perguntaram se queríamos pegá-los no colo. MAS É CLARO!!!  Passamos quase duas horas com eles. Eu com o Riki e o Leandro com o Kenzo.  Dois anjinhos. Acho que eles curtiram tanto quanto a gente,  pois não houve nadinha de choro. Foi tão gostoso ficar com meu neném dormindo no colo, tentando abrir os olhinhos, mas desmaiando de sono. O Kenzo ficou ligadão em alguns momentos, com os olhos abertos olhando para o papai e virando o rostinho de um lado para o outro.



Riki


Kenzo


Resumidamente, os babys finalmente estão bem! Quase prontos para encarar esse mundo LOUCO. Agora é só ganhar peso. Nos primeiro dias todo bebê perde peso e depois, se estiver tudo normal, é só ganhar e ganhar mais peso. Os meninos começaram a ganhar há uns dias já. E já estão mais pesados do que quando nasceram. Nós vibramos a cada graminha que aqueles magricelos ganham. 






Filhote lindo.




É muito gostoso esse meu filho, né???

 
Piscadinha para as gatinhas...

Baby já na incubadora. E papi babando.


A felicidade anda reinando aqui dentro. Nem sempre é ela que está presente, mas com certeza é ela que reina! 


Papi e mami emocionados...


Vanessa Tanaka

segunda-feira, 5 de março de 2012

Rotina pós-parto: no hospital

Os 3 últimos dias foram de verdadeiros altos e baixos. O primeiro deles já foi relatado.

Durante toda a gestação, a minha maior vontade era conseguir amamentar os dois. Se eu teria leite suficiente para os dois e coisas do tipo faziam parte dos meus questionamentos e pesquisas diárias. Então, essa história de UTI estragaria novamente os meus planos. No segundo dia de internação, os meninos começaram a dietinha. Só 2 ml de leite para cada. O Riki vem aceitando bem e no terceiro dia passou pra 3 ml. Mas não aconteceu o mesmo com o Kenzo, o estômago não aceitou bem e ele teve que voltar a ficar só no soro. Porém, isso é bem comum.  E logo ele também estará tomando leitinho na sonda. 

Graças às boas orientações  no Santa Luzia aprendi rapidamente a tirar o leite, a massagear as mamas e a me preparar para produzir bastante leite. O segredo é tomar bastante água e muita massagem para não empedrar. De cara, consegui tirar o tanto de leite que eles precisavam, e um dia depois já estava tirando 60 ml de uma vez. O leite desceu rápido. Agora estou estocando em casa para doar o que não é dado a eles.  Acho que produzir não será o problema. O próximo passo é conseguir dar de mamar no peito. Mas isso vai demorar um pouquinho, né?! 

O repouso não tem ocorrido conforme deveria. A rotina de subir e descer escadas todos os dias para ir para o Hospital impede que isso aconteça. Mas mesmo assim, estou recuperando muito bem. E fora os esperados incômodos de um corte na barriga, está tudo muito maravilhoso.  

Como já dito, os 3 dias no hospital foram de altos e baixos. Apesar da chatice típica de estar internada, eu me sentia pertinho dos meninos. Subia 2 andares e podia babá-los. Além de me emocionar mil vezes por dia, tive uma crise de choro no último dia porque não queria ir embora. Não queria e ponto final. Como querer, literalmente, não é poder, às 19h de sexta estava recebendo alta. Saí do hospital com um nó da garganta.  Acho que se eu me atrevesse a chorar de novo o Leandro e minha mãe iriam me largar lá. Brincadeirinha.
 
Eu não tenho palavras para agradecer as palavras lindas e carinhosas que recebemos. Não consegui nem responder a todos ainda. Mas lemos e nos(eu e a família) emocionamos com cada palavrinha.Vou começar a postar com mais frequencia. Pelo menos enquanto os meninos não estão em casa. Então, volte mais vezes. Vou tentar postar amanhã sobre a evolução na UTI.

sexta-feira, 2 de março de 2012

As emoções de uma bolsa rompida.



Por volta das 2h15 da manhã, do dia 29 de fevereiro, ao fechar os olhos, sinto uma coisa diferente e muitíssima água descendo pelas pernas. Acordei o Leandro e começamos a nos trocar, tudo relativamente tranqüilo. Acordei minha mãe e a Louise. E acabamos indo só nós dois para o hospital. Por que?! Louise simplesmente resolveu desmaiar logo nos 45 do segundo tempo. Seria trágico se não fosse cômico. Graças a Deus não estávamos só nós duas. Ligação para Dra., ligação pra Aline, ligação pro Pedro, e logo estávamos todos no hospital. Estava com 4 cm de dilatação e sem nenhuma dor.

Sentei na mesa de cirurgia para ser anestesiada e aí sim bateu um pânico de outro mundo. Muito medo da tão temida anestesia, mas não dói, simples assim, não sei de onde as pessoas tiram tanto medo. Às 4h e 10min, estava deitada começando a sentir os efeitos da anestesia. Às 4h 20min nasceu o Riki, com 39 cm e 1,400 kg, deu um chorinho e abriu os olhinhos. A enfermeira passou por mim e me mostrou rapidamente o meu pequeno apressadinho. E outra vez o pânico tomou conta, ele era ainda menor do que eu imaginava. E chorei silenciosamente até o final da cesárea. Às 4h23min, nasceu o Kenzo, com 42 cm e 1,700kg. Apesar de estar maior, acho que quem escolheu a hora foi o Riki, pois o Kenzo nasceu mais cansadinho. Estava menos preparado para vir ao mundo.
Não sei ainda.rs
Não fui apresentada ao Kenzo naquele momento. O coração ficou aos pedaços e comecei a ter uma crise de ansiedade internamente. Não conseguia para de tremer, como efeito da anestesia atrelado aos mix de emoções que estava sentindo. Olhava pro Leandro e pro Pedro e só conseguia falar como eles eram pequenos. Cortar e retirar os bebês é um procedimento rápido, comparado ao tempo que leva para fechar a barriga. Não terminava nunca. Fui pro quarto por volta de 6h30, aí o meu coração foi se tranqüilizando, por ora. Carinho do marido, da mãe e das irmãs... E tudo se encaminhou conforme devido. Não pude visitá-los no parte da manhã, por causa da recuperação. O Leandro foi sozinho e pela primeira vez fui realmente fraca. Um sentimento de frustração, medo e até culpa me deu uma rasteira, me jogou no chão e riu da minha cara. Não achei que o Leandro voltou com um semblante legal e pirei na batatinha, pensando que ele pudesse estar me escondendo algo. E novamente chorei, lentamente chorei. E aos conselhos da minha mãe e do Leandro tentei expulsar esses sentimentos maldosos dentro de mim. A Dra. deu uma passadinha no quarto. Conversamos e ela me tranqüilizou.

Riki



Kenzo


Durante a tarde fui visitá-los com a minha mãe. A princípio não consegui me conter, e as lagrimas desceram como se eu não tivesse mais poder sobre mim mesmo, foi algo muito forte. E tudo se tornou oficial e simples de se explicar, ali eu era uma mãe que sente a maior das dores quando algo acontece a um dos seus filhos. Eu chorava, minha mãe chorava. Assustadas por vê-los tão pequenos. Mas quanto mais ficávamos na presença dos meus guerreirinhos, mais força e certeza nós tínhamos de que eles estavam bem e que o problema era mais comigo do que com eles. Para bebês de 33 semanas eles estão ótimos. Apenas precisando maturar um pouquinho os pulmões e ganhar peso. Ficamos nós duas babando e trocando de incubadora a todo minuto pra ver os dois. Percebemos que apesar de tão pequeninos, eles são bem espertos. Bocejaram, espreguiçaram, e abriram os olhinhos por um breve momento que me satisfez pela eternidade. Deram chutes e chuparam dedo. E de quebra pude perceber que o Kenzo dorme igual ao Leandro e ao Matheus. Foram feitos exames de sangue para identificar se podem estar tendo qualquer outra coisa. Os resultados saem hoje.

Voltei tranquila, cheia de energia e muita animada pro quarto. Também fui vê-los a noite. Eles estavam dormindo numa paz indescritível. E a mãe e o pai com vontade de agarrá-los, trazer para o colo e protegê-los a todo e qualquer custo. Olhava para carinha dos dois e não conseguia acreditar que tudo aquilo tinha vindo de dentro de mim. Delicados e inocentes...


Só conseguia pensar no amor que sinto por meus meninos, por meu marido. Por minha família!

 

p.s:  Louise pediu pra avisar que ela não acabou com a festa da minha mãe. Apesar de fraca, elas conseguiram chegar no hospital a tempo de nos abraçarmos e compartilharmos o momento.